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Nelore

Histórico da Raça no Brasil:
O primeiro registro de entrada do Nelore no Brasil aconteceu em 1868, com a chegada de um casal de animais em Salvador na Bahia. Passados dez anos, o suíço Manoel Ubelhal Lemgruber, criador do Rio de Janeiro, depois de conhecer o Nelore no Jardim Zoológico de Hamburgo, na Alemanha, encomendou um casal. Até 1883 Lemgruber fez mais duas importações, dando início a uma linhagem bastante conhecida.
Em 1907, Joaquim Carlos Travassos, engajado na introdução dos zebuínos no Brasil, fez uma previsão histórica, ao observar a chegada de um lote de animais da Índia:
"O importador conseguiu, desta vez, adquirir também alguns reprodutores da notável raça Nelore ou Ongole, que mais tarde, quando tivermos uma seleção inteligente, desenvolvidas todas suas boas qualidades, poderá ser considerada a melhor raça para os países tropicais".
A raça Nelore se expandiu lentamente, primeiro no Rio de Janeiro e na Bahia, depois em Minas Gerais e por último em São Paulo. Em 1938, com a criação do Registro Genealógico, começaram a ser definidas as características raciais do Nelore.
Santiago (1970) reporta que o total de zebuínos importados até o ano de 1970 foi de 6.262 animais. Neste período, a importação de taurinos foi estimada em 800 mil cabeças. Atualmente, o rebanho bovino brasileiro possui 170 milhões de cabeças. Destas, 90 milhões são da raça Nelore, o que a torna o alicerce da cadeia produtiva pecuária.
Aptidão:
A Nelore foi melhorada geneticamente no Brasil e está voltada para a produção de carne, embora na sua origem tenha sido utilizada para exploração leiteira.
Características da Carcaça e da Carne:
O Nelore é a raça, no Brasil, que possui a carcaça mais próxima dos padrões exigidos pelo mercado, por apresentar porte médio, ossatura fina, leve, porosa e menor proporção de cabeça, patas e vísceras, conferido excelente rendimento nos processos industriais.
A precocidade de terminação garante nas carcaças Nelore distribuição homogênea da cobertura de gordura, sendo esta carcaça muito valorizada no mercado. Além disso, a cobertura evita que, durante o resfriamento, ocorra o encurtamento das fibras pelo frio. A padronização das carcaças Nelore otimiza a estrutura industrial e agrega valor aos cortes.
Principais Linhagens:
As linhagens dentro da raça Nelore podem ser divididas em importada e nacional.
A linhagem importada é constituída por animais (denominados genearcas) trazidos para o Brasil na década de 60. Destacaram-se pelas características fenotípicas e muito contribuíram para a caracterização e conformação do rebanho nacional. As principais linhagens importadas:
• Linhagem Karvardi, de maior destaque.
• Linhagem Taj Mahal.
• Linhagem Golias.
• Linhagem Godhavari.
• Linhagem Rastan.
• Linhagem Akasamu e Padhu
• Linhagem Lemgrubers
Principais Características Raciais:
• Aparência
Animais Nelore apresentam estado geral sadio e vigoroso. A ossatura é leve, robusta e forte, com musculatura compacta e bem distribuída. A masculinidade e a feminilidade são acentuadas. O temperamento é ativo e dócil.
• Pelagem
Apresentam pelagem branca ou cinza-clara, sendo que os machos apresentam o pescoço e o cupim normalmente mais escuros. A pele é preta ou escura, solta, fina, flexível, macia e oleosa. Os pêlos são claros, curtos, densos e medulados.
• Cabeça
A cabeça tem formato de ataúde, com a cara estreita, arcadas orbitárias não salientes e perfil ligeiramente convexo. A fronte é descarnada, apresentando uma linha média no crânio, no sentido longitudinal, uma depressão alongada (goteira). O Chanfro é reto, largo e proporcional nos machos. Nas fêmeas, é estreito e delicado. O focinho preto e largo, com as narinas dilatadas e bem afastadas, é outra característica da raça. A boca tem abertura média e lábios firmes.
As orelhas do nelore são curtas, com boa simetria entre as bordas superior e inferior, terminando em ponta de lança, e a face interna do pavilhão deve ser voltada para a frente e apresentar movimentação.
A raça pode ser dividida em animais que apresentam chifres e mochos. Os chifres são de cor escura, firmes, curtos de forma cônica, mais grossos na base, achatados e de seção oval, de superfície rugosa e estrias longitudinais. Nascem para cima, acompanhando o perfil, bem implantados na linha da marrafa, assemelhando-se a dois paus fincados simetricamente no crânio. Com o crescimento, podem dirigir-se para fora, para trás e para cima, ou curvando-se para trás e para baixo.
• Pescoço e corpo
Nos machos, o pescoço é musculoso e com implantação harmoniosa ao tronco. Nas fêmeas, é delicado. A barbela começa debaixo do maxilar inferior e se estende até o umbigo, sendo mais abundante e pregueada nos machos.
O peito dos animais é largo e com boa cobertura muscular. Outra característica dos zebuínos é o cupim. Ele tem papel fisiológico fundamental, servindo com reserva de energia em situações emergenciais. Nos machos, deve ser bem desenvolvido, apoiando-se sobre o cernelha, Nas fêmeas, deve ser reduzido.
A região dorso-lombar é larga e reta, levemente inclinada, tendendo para a horizontal, harmoniosamente ligada à garupa com boa cobertura muscular. O Nelore possui ancas bem afastadas e no mesmo nível. A garupa é comprida, larga, ligeiramente inclinada, no mesmo nível e unida ao lombo, sem saliências ou depressões e com boa cobertura de gordura.
Sacro não saliente, no mesmo nível das ancas. A cauda é inserida harmoniosamente, estendendo-se até os jarretes e vassoura preta. O tórax é amplo, largo e profundo. As costelas são compridas e largas, bem arqueadas, afastadas e com espaços intercostais revestidas de músculos e sem depressão atrás das espáduas. O umbigo deve ser proporcional ao desenvolvimento do animal.
• Membros
Membros anteriores e posteriores devem apresentar comprimento médio, com ossatura forte e músculos bem desenvolvidos. As coxas e pernas são largas, com boa cobertura muscular, descendo até os jarretes, com calotes bem pronunciados. As pernas devem ser bem aprumadas e afastadas. Os cascos devem ser pretos e bem conformados.
• Órgãos genitais
As fêmeas devem ter o úbere de volume pequeno, com o formato das tetas de maneira que facilite a aproximação dos bezerros.
Os machos devem possuir a bolsa escrotal fina e bem pigmentada, com os dois testículos bem desenvolvidos.
A bainha deve ser proporcional ao desenvolvimento do animal e bem direcionada. O prepúcio deve ser recolhido. A vulva deve possuir conformação e desenvolvimento normais.
Principais Características de Performance
Produtiva e Reprodutiva:
O Nelore se adaptou muito bem às condições tropicais brasileiras, por possuir excelente capacidade de aproveitar alimentos grosseiros.
Apresenta resistência natural a parasitas, devido às características de seus pêlos, que impedem ou dificultam a penetração de pequenos insetos na superfície da pele ou que aí tentam se fixar. A pele escura, fina e resistente, dificulta a ação de insetos sugadores, além de produzir secreção oleosa repelente, que se intensifica quando os animais estão expostos ao calor.
O Nelore é muito resistente ao calor devido à sua superfície corporal ser maior em relação ao corpo e por possuir maior número de glândulas sudoríparas. As características de seus pêlos também facilitam o processo de troca com o ambiente. Além disso, o trato digestivo é 10% menor em relação aos europeus. Portanto seu metabolismo é mais baixo e gera menor quantidade de calor. Os machos e as fêmeas apresentam elevada longevidade reprodutiva.
Touros Nelores possuem instinto muito forte de proteção de seu harém de matrizes. As vacas apresentam facilidade de parto, por terem garupa com boa angulosidade, boa abertura pélvica e, principalmente, por produzir bezerros pequenos, o que elimina a incidência de distocia. Outras características das fêmeas são a excelente habilidade materna, oferecendo condições de desenvolvimento aos bezerros até o desmame; instinto de proteção ao bezerro; rusticidade; e baixo custo de manutenção.
Os bezerros Nelore são espertos. Logo após o parto, já procuram as mães para fazer a mamada do colostro, que lhes fornece imunidade nos primeiros 30 dias de vida.
Informações colhidas do portal www.nelore.org.br
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